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Negligência do governo prejudica transporte especial em Ribeirão

Diretora da Apae relata problemas nas vans e ausência de resposta do Poder Público
Negligência do governo prejudica transporte especial em Ribeirão

Fotos: Aline Mattos / Letícia Gabellini

A Comissão Permanente de Direitos às Pessoas com Deficiência reuniu-se, na manhã desta terça-feira, 14 de agosto. Participaram os integrantes Luciano Mega (PDT) - presidente e Adauto Marmita (PR) - membro, além do vereador Rodrigo Simões (PDT).

O tema principal da reunião foi o edital de Pregão Eletrônico que define a empresa de transporte público especial das pessoas com deficiência em Ribeirão. "Nós tivemos um problema no ano passado com o transporte das crianças da Apae, por isso fomos algumas vezes ao Ministério Público, e lá constatamos que nós teríamos esse procedimento", lembra o vereador Mega, que informou aos interessados que o Pregão ocorreu sob o número 412/2018. Disse que a Comissão enviou ofício ao Secretário de Governo solicitando a liberação de advogado para explicar como foram os procedimentos do certame, mas não obteve resposta de Nicanor Lopes.

A diretora técnica escolar da Apae de Ribeirão Preto,  Elaine Cristina Gomes, compareceu à reunião para contar sobre as dificuldades que a entidade enfrenta desde o ano passado com o transporte adaptado, que não realiza o serviço no horário adequado, causando conflitos de entrada e saída nos turnos e descontrole na alimentação dos alunos. Segundo ela, a situação se agravou porque agora a Apae não consegue mais oferecer refeições balanceadas. "O rendimento dos alunos caiu, sem contar que hoje não temos mais um quadro grande de funcionários. Quando os alunos chegam mais cedo, nossa rotina se desequilibra e as crianças entram em risco. Elas precisam de cuidado o tempo todo", afirma.

Elaine ressaltou também a importância da assistência à família, que deve ter seus direitos preservados. "As famílias têm direito a um transporte adaptado de qualidade para que possam receber o atendimento necessário. Às vezes falta cinto de segurança nas vans, às vezes algum equipamento não está em pleno funcionamento, são várias coisas que a gente tem notificado a Transerp e não temos tido sucesso".

"A licitação foi feita, mas a prefeitura está nos enrolando", disse Luciano Mega que finalizou o encontro convocando as mães usuárias do serviço a continuar na luta para que os problemas sejam resolvidos. "Se precisar daremos apoio à manifestação pacífica dessas mães em frente à prefeitura", concluiu.

Por Marco Aurélio Tarlá